domingo, 4 de setembro de 2011
F.E.A.R 3 (PC, XBOX e PS3)
A horripilante trama da série F.E.A.R. é muito bem construída e não fica atrás de grandes produções de terror hollywoodianas. Como a trama vem sendo desenvolvida desde o primeiro game, falar muito dela aqui acabaria sendo spoiler, então vamos pegar leve: em F.E.A.R. 3 você é Point Man, e sua missão é impedir que Alma – a entidade maligna com cara de fantasma de filme de terror japonês – tenha um filho.O curioso é que em F.E.A.R 1 você é filho de Alma
Sabendo do que Alma é capaz, e uma criança saída de um ser tão poderoso quanto ela definitivamente não é uma boa ideia. Além de Point Man e Alma, temos ainda Paxton Fettel, irmão de Point Man que era o vilão do primeiro game, morreu e agora resolve ressurgir como um espírito dotado de bizarros poderes psíquicos.
Se você boiou nos dois parágrafos anteriores, minha sugestão é que leia minhas postagens sobre F.E.A.R e F.E.A.R 2. O game não faz nenhum esforço para facilitar a vida dos novatos, e começa partindo do princípio que o jogador já está familiarizado com aquele universo e os personagens que ali vivem.
A presença de Fettel no game já entrega a primeira novidade de F.E.A.R. 3: o modo multiplayer cooperativo. Pela primeira vez na série, o modo campanha poderá ser desfrutado por dois jogadores simultâneos, tanto online quanto offline. Se você não encontrar nenhum fã da série para jogar com você, não se preocupe: depois de terminar cada fase com Point Man, você poderá jogá-la novamente com Fettel, o que traz boas novidades ao gameplay.
Enquanto Point Man utiliza pistolas, rifles, espingardas e tudo aquilo que a gente já está cansado de ver em outros games FPS, a jogabilidade de Fettel se baseia em sua situação de fantasma, o que lhe concede poderes exclusivos. Ele pode olhar através de paredes, disparar rajadas de energia psíquica, fazer coisas levitarem e possuir o corpo dos adversários. Sem dúvida jogar como Fettel é mais interessante, então tire no par ou ímpar com seu amigo para decidir quem vai ser o host da partida, pois somente o outro jogador é que poderá controlar a assombração.
Uma coisa curiosa da campanha multiplayer é que, embora tenha indícios de cooperação, ela pode muito bem ser jogada como uma competição, dependendo do perfil dos jogadores. Você não precisa necessariamente interagir com o outro jogador, e encontrar alguns itens e cumprir certas demandas concedem pontos, que ao final de cada fase são somados para escolher quem se saiu melhor.
Durante o jogo você pode seguir o estilo simpático, participando do game de seu amigo, ou simplesmente bancar o egoísta e sair ganhando todos os pontos possíveis, como ja fiz quando joguei eu e o Bruno. Considerando a animosidade típica dos irmão Point Man e Paxton Fettel, pode-se dizer que esta foi uma boa sacada da Day 1 Studios, um co-op onde um está sempre querendo passar uma rasteira no outro.
O clima de terror foi ofuscado, dando espaço para um gameplay mais focado na ação, com alguns sustos cuidadosamente planejados aqui e ali.
A inteligência artifical também é satisfatória e ao longo dos oito estágios do game você vai encarar de soldados humanos à assombrações demoníacas e medonhas criaturas geneticamente modificadas. Depois de concluir a campanha principal, que deve durar cerca de 6 horas, sugerimos que você embarque nos modos multiplayer, que é onde F.E.A.R. 3 realmente se mostra inovador.
Com quatro modos de jogo distintos, que aceitam no máximo quatro jogadores por partida, existem aqui alguns modos de jogo bem inovadores, como o F**king Run e o Soul King. No primeiro caso, os jogadores devem fugir de um imenso paredão fantasmagórico que chega engolindo tudo pela tela. Quem marca bobeira e fica para trás já era, e a tensão só aumenta com o grande número de inimigos que aparece em seu caminho e atrasa seu avanço.
Já o modo Soul King coloca quatro jogadores no papel de fantasmas, em um mapa repleto de soldados controlados pela IA. Todos os soldados podem ser possuídos e mortos, rendendo uma soul which que pode ser trocada por pontos de XP em outros modos de jogo. Você pode ficar matando os NPCs para ganhar um soul which de cada vez, ou partir para cima de um dos outros jogadores e embolsar várias soul whiches de uma vez só. A possibilidade de ir longe demais e acabar perdendo tudo é preocupante, porém estimulante (o princípio básico dos jogos de azar), e este fator de risco torna este modo de jogo altamente viciante.
Apesar de toda a diversão propiciada pelo modo multiplayer, há também algo que causa muita dor de cabeça: a instabilidade do serviço online. É dificil de entrar em partidas quick match e mesmo ao se criar um jogo novo, a espera por outros jogadores é grande.
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